As nossas raças

Animais criados naturalmente

Duroc Jersey

A raça Duroc Jersey é originária do Nordeste dos Estados Unidos, proveniente de porcas vermelhas de New Jersey (Jersey Reds) e de varrascos também vermelhos de New York (The Durocs), em 1875.
Essas duas raças que lhe deram formação foram constituídas por suínos trazidos pelos navios negreiros (Guine Breed), outros importados de Portugal e Espanha, (porco preto) e também os “Red Berkshires”, todos vermelhos.
Muitos foram os criadores que contribuíram para a formação da raça, por isso não há nomes a destacar.
È a raça mais numerosa dos Estados Unidos, sendo ainda popular em muitas repúblicas americanas, Canadá, Itália, etc.
No Brasil foi a raça estrangeira mais importante, porém hoje, ela geralmente participa de cruzamentos com outras raças mais aperfeiçoadas para carne magra.

Descrição:

Peso aos 6 meses 70 kg (até 90), aos 12 meses 160 kg nos machos e 130 kg nas fêmeas.
Nos machos adultos 270 kg e nas fêmeas 225 kg.
Os capados velhos podem atingir até 500 kg.
Reprodutores preparados para exposição, alcançam respectivamente 350 e 300 kg.
Pelagem vermelha uniforme, preferivelmente cereja brilhante. Há algumas famílias de cor vermelha douradsa, que parecem ter mais tendência para a abanha.
Atenção: O castanho, o creme e o violeta são cores indesejáveis.
As cerdas são lisas, cobrem bem o corpo, porém não devem ser excessivamente abundantes e muito menos frisadas.
A cor castanha é frequentemente associada a animal grosseiro e as claras, à moleza.
Um tom muito claro no ventre e nos membros é defeito, assim como manchas pretas na barriga, porém não desqualificam a menos que sejam muito grandes.
Defeito muito mais grave é a presença de cerdas pretas e brancas.
O couro é moderadamente grosso e macio.
Cabeça de tamanho médio, um pouco mais comprida que a do Polland China, porém não parece longa.
A face é um pouco cavada (intermediária entre a do Polland China e do Berskshire), entretanto são comuns aos porcos de perfil directo (sub-concavado).
O focinho é médio, a fronte larga entre as orelhas e os olhos.
As orelhas devem ser de tamanho média, inclinada para a frente e ligeiramente para fora, com uma curva para a frente e para baixo, mas não devem cair sobre os olhos e a face; às vezes é apenas quebrada na ponta, entretanto não devem ser muito grandes, nem redondas, nem grosseiras, nem cabanas.
Os olhos são vivos, brilhantes e salientes.
As mandíbulas devem ser moderadamente largas, cheias, nítidas, lisas e sem papada.
Pescoço curto espesso, profundo e ligeiramente arqueado.
O corpo deve ser grande, maciço, e liso: comprindo, profundo, uniforme e moderadamente largo, esbelto, simétrico, bem arqueado.
O peito é largo, com o esterno saliente.
O tórax é grande, amplo e profundo, com as costoletas bem arcadas, cheio atrás das paleta. As espáduas são moderadas em largura, profundas e cheias.
O dorso e lombo são bem musculados e lisos, da mesma largura das espáduas e dos presuntos. Às vezes, o lombo é estreitado, o que constitui defeito.
Os lados lados bem compridos musculados, cheios, planos e lisos.
A barriga deve ser direita e cheia, bem sustida, nem estreita nem pendente, com boas tetas.
Aparecem animais um pouco barrigudos, o que é desculpável , não sendo em demasia.
A garupa é da mesma largura do corpo, arredondada ou arqueada, não muito caída.
Cauda alta, de tamanho regular, larga na base, afinando-se, peluda na ponta, não muito comprida e enrolado.
Os membros são fortes sem serem grosseiros, aprumados, moderadamente altos, de boa ossatura.
Os penis são compridos, largos, cheios, firmes, porém observa-se nos tipos modernos que os animais mais pernudos tendem a ser deficientes em largura e profundidade.
As quartelas são firmes e os cascos sólidos, locomovendo-se com facilidade e levemente.
O desvio dos joelhos é um defeito que pode ocorrer.

Aptidões e qualidades

O antigo porco Duroc, grande produtor de banha e toucinho, transformou-se gradativamente nem tipom “intermediário” para carne e toucinho, e mais recentemente os seus criadores vem se esforçando para diminuir cada vez mais a manta de toucinho, para transformá-lo num animal do tipo “carne”, mais alto, comprido e delgado.
Acreditam alguns, contudo, que o excesso de refinamento prejudicaria as suas qualidades mais valiosas, que são o vigor e a rusticidade.
O Duroc foi a raça que melhor se comportou no Brasil, excepto quanto à prolificidade e qualidades criadeiras da porca.
Sua carcaça vale mais pela quantidade do que pela qualidade, por isso, neste país é raramente criado em estado puro para a produção industrial, sendo cruzados com Landrace, Yorkhire, Wessex, etc. para a produção de carne magra, e com as porcas de raças nacionais e mestiças (one a suinicultura é mais atrasada) para a produção dum tipo intermediário.
È um porco activo, vigoroso, manso se bem manejado.
As porcas parem em média 09 leitões, criando 07.
È também bastante precoce, desenvolve-se rapidamente, pasta bem, suportando bem os calores dos trópicos.
Seus mestiços com porcas nacionais são superiores em conformação quanto à precocidadee disposição à engorda.
Para os criadores menos experientes é a raça mais recomendada pela sua capacidade de desenvolvimentoe de adptação, entretanto, tanto os puros como os mestiçossão muito exigentes e podem degenerar pela deficiência de proteína (farinha de carne, leite desnatado, sangue, etc.), vitaminas (verdes) e minerais, o que tem sido a causa da maioria dos fracassos.